domingo, 8 de maio de 2011

Período de Adaptação.

Temos observado ao longo de mais de doze anos de experiência na área do TRP Treinamento Resistido com Pesos/Musculação, prescrições de treinos equivocadas nas mais diferentes fases, seja esta de Adaptação, intermediaria ou avançada.
O Período Adaptativo como o próprio nome sugere, tem por função promover o fortalecimento osteomioarticular, ou seja, tornar o tecido ósseo, muscular e tendineo ligamentar apto aos esforços que virão futuramente. Alem disto devemos dar atenção ao aprendizado do gesto motor, ou seja, da técnica de execução dos exercícios, já que se o movimento for repetido de forma errônea, é muito provável que este seja mantido futuramente. Fato este que pode por em risco a integridade física do cliente.
O primeiro passo é solicitar atestado médico. Embora em alguns casos não seja solicitado exames complementares em especial cardiológicos, cabe ao Profissional de Educação Física tem cumprido o que a legislação vigente determina. Os exames a serem solicitados são responsabilidade do Profissional de Medicina. A partir do momento que nosso cliente já possui o exame médico e só após isto o mesmo poderá iniciar seu programa de Exercícios Físicos, mas é fundamental a aplicação de uma anamnese por parte do Educador Físico e testes Posturais, Morfológicos e Físicos, este último se necessário para uma posterior avaliação e elaboração do laudo através dos resultados obtidos.
Como prescrever um treinamento de forma segura.
NÚMERO DE SÉRIES:
Caso nosso cliente já tenha praticado musculação, não esteja inativo por muito tempo, ou seja, um trabalhador braçal muito provavelmente poderá iniciar a prescrição com duas séries na primeira semana, aumentando para três na próxima semana e encerrando a primeira fase adaptativa. Caso nosso aluno nunca tenha praticado ou já tenha realizado musculação, mas esteja inativo por muito tempo, é prudente que a primeira fase adaptativa perdure por três semanas. O volume de treino deverá ser de uma, duas e três séries na primeira, segunda e terceira semana respectivamente.
REPETIÇÕES:
As repetições devem variar de 12 a 20. Este número mais elevado permite o aprendizado do gesto motor e o fortalecimento dos tecidos anteriormente citados.
INTERVALO RECUPERATIVO/PAUSA ENTRE SÉRIES:
A pausa deve variar de 45/60 segundos, promovendo a restauração de parte do ATP-CP depletado.
RESPIRAÇÃO:
Esta deve ser Ativa, constante, ou seja, devemos evitar o bloqueio da respiração e da mesma forma esquecer a idéia de ensinar nosso cliente de inspirar ou expirar seja na fase excêntrica ou concêntrica. O ato de respirar é fisiológico, necessário para a sobrevivência. Nosso cliente já tem muito em que pensar, para que forçar algo natural?

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