domingo, 23 de maio de 2010

PROTEÍNA




A proteína dietética é composta por 20 aminoácidos diferentes que, se ingeridos individualmente, tem o potencial ergogênico, pelos menos teoricamente e são comercializados como suplementos esportivos para indivíduos fisicamente ativos. Os aminoácidos estão entre os cinco suplementos esportivos mais populares (Lawrence citado por Williams, 2005).
Bacurau (2007) diz que o trabalho com sobrecargas não promove por si só a deposição de aminoácidos no músculo esquelético. Este processo depende principalmente da ação da insulina que é um hormônio anabólico e carreador, ou seja, transporta com muita rapidez os macro e micronutrientes de uma dieta para o interior da célula muscular. Devemos ter em mente que de nada adianta o consumo de proteínas sem treinamento específico para hipertrofia muscular, e o consumo deve respeitar horários e quantidades adequadas. A disponibilidade de aminoácidos tem seu papel destacado no período pós-treino, sendo necessária uma correta associação de nutrientes e treinamento para que o processo de hipertrofia ocorra eficientemente (Bacurau,2007).
Podemos definir a hipertrofia muscular como o aumento da secção transversa do músculo, isso significa o aumento do tamanho e número de filamentos de actina e miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras musculares já existentes (isto significa que não existe o aparecimento de novos músculos e sim o aumento do tamanho dos músculos já existentes). Estudos demonstram que o treinamento de força resulta em hipertrofia de todas as fibras musculares, mas um aumento maior nas fibras tipo II (Uchida, 2004). Ressaltamos que a genética tem um papel importante, ou seja, através da alimentação e treinamento adequado podemos melhorar muito nosso perfil morfológico, porém milagres não existem, pelo menos não naturalmente.

Existem diferentes tipos de proteínas, valor biológico.

Ao se fazer a recomendação de proteína para diferentes grupos populacionais, além da composição de aminoácidos da alimentação, deve ser considerada a quantidade total de nitrogênio e a digestibilidade da mistura protéica. Por fim, define-se como uma mistura protéica de boa qualidade ou de alto valor biológico, aquela que fornece quantidades adequadas de aminoácidos essenciais, de nitrogênio total,
além de boa digestibilidade. Desta maneira, ao se determinar o valor protéico de uma mistura de alimentos deve ser levado em consideração o cômputo químico, o teor total de nitrogênio e a digestibilidade (Joint e Sarwar citado por Marchini,1994).
DOSAGEM DE PROTEÍNA
American Dietetic Associacion, Dietitians of Canada (2007), concluíram que os requerimentos de proteína são maiores em indivíduos muito ativos e sugerem que os atletas de força precisam de 1,6-1,7 g de proteína/kg de peso corporal enquanto os de endurace(Maratona) precisam de aproximadamente 1,2- 1,4 g de proteína/kg.
COMO E QUANDO UTILIZAR A SUPLEMENTACÃO DE PROTEÍNA.
Foram analisados 12 artigos científicos, sendo todos internacionais, publicados entre o ano de 1994 e 2007, encontados nas revistas: European Journal of Applied Physiology, Medicine & Science in Sports & Exercise, Science Direct, American Journal of Physiology Endocrinology Metabolism, International Journal of Sport
Nutrition and Exercise Metabolism, Journal of Applied Physiology, Journal of Strength and Conditioning Research, Journal of the American College of Nutrition Dos artigos analisados, 75% foram com homens e 25% foram com homens e mulheres, e a faixa etária variou de 18 a 80 anos.

Dos artigos selecionados, 83 % obtiveram efeito positivo com a suplementação de proteínas no treinamento de força, e 17 % não encontraram necessidade da utilização desse nutriente no treinamento em questão.
Os melhores resultados em força e ganhos de massa corporal foram encontrados na utilização combinada de proteína, carboidrato e creatina (Cribb e Hayes, 2007), e o melhor momento para a suplementação foi logo após o treino (Tripton, 2001). A melhor captação de aminoácidos foi quando é combinada a proteína pré-digeria (aminoácido) com sacarose ou glicose. Entretanto, não há diferença de captação deste macro nutriente entre 1 ou 3 horas após o treino (Blake, 2000).

No estudo de Cribb (2007), foram comparados três grupos durante 10 semanas, o primeiro grupo (n=10) que utilizou um suplemento contendo somente proteína (PRO) (103g de proteínas), o segundo grupo (n=11) utilizou proteína e carboidrato (PRO-CHO) (52g de proteínas mais 59g de carboidratos), e o terceiro grupo (n=10) uma solução contendo creatina monoidratada- proteína-carboidrato (Cr-CHOPRO) (48g de proteínas mais 53g de carboidratos mais 8,4g de creatina)। Os melhores resultados foram encontrados neste último grupo.A proteína utilizada foi proteína do soro do leite isolada (whey protein isolada).

Ressaltamos a importância do Treinamento Físico específico para hipertrofia muscular prescrito por um Profissional de Educação Física combinado com uma Dieta elaborada por Nutricionista
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